Quebrar padrões, ou até mesmo enfrentá-los, não é tarefa para qualquer pessoa, sobretudo se tivermos em consideração que muitos desses padrões são produtos de séculos e séculos de experiência. É por isso que poucos se propõem a enfrentar este desafio - e é aqui que Patch Adams entra! Baseado numa história real, o filme Patch Adams fala-nos da vida de um homem em busca de mudanças que acredita que rir é, literalmente, o melhor remédio!

No início do filme, Patch Adams é apresentado como um doente numa clínica psiquiátrica, após uma tentativa de suicídio. Durante a sua estadia lá, Patch repara no pouco que é feito para ajudar os pacientes e decide ele próprio ajudar o seu companheiro de quarto a enfrentar um dos seus grandes medos, de uma forma cómica e criativa. Ao fazer isto percebe que ajudar os outros lhe faz sentir bem e portanto resolve deixar o hospício e partir numa nova aventura: tornar-se médico.

Patch consegue entrar no curso que pretende mas repara que a mesma frieza com que eram tratados os doentes no hospício, também se verifica na universidade, pois os pacientes são tratados como "coisas" e não como seres humanos, sendo que não possuem nomes, mas sim, números. Qualquer laço afetivo entre médico e paciente é visto com desprezo. 

É aqui que Patch decide que o seu principal objetivo é melhorar a qualidade de vida dos pacientes através de umas boas risadas.

Apercebemo-nos que errámos como sociedade quando adjetivos como "tolo" ou, mais frequente ainda nos tempos de hoje, "comido do cérebro" são as palavras escolhidas para caracterizar o escritor comum. Todas as horas solitárias e desconhecidas de trabalho passadas entre o escritor e o computador são agora justificadas pelo demasiado fácil e acessível "consumo de ácidos". É assim que pensamos. Não nos envergonhamos deste comportamento porque não valorizamos este trabalho ou reconhecemos a sua importância. O incentivo à escrita - e também à leitura - é cada vez mais escasso, sendo que a visão que possuímos deste ato não é de lazer mas, sim, de obrigação.

Eu gosto de escrever, gosto de ler antes de dormir, gosto da sensação de encontrar um livro que andava a procurar há muito tempo, gosto de imaginar o aspeto físico das personagens e fazê-las atuar na minha mente à medida que a história se infiltra em mim. Gosto principalmente de afirmar com a certeza e o orgulho de quem não tem receio de se destacar do grupo, que não pertenço à classe de jovens que caracterizam um escritor como "tolo" ou "comido do cérebro".

Long time no see, não é o que se costuma dizer?

Pois é, andei ausente aqui do blog mas agora voltei - e voltei para ficar! - com um tema cuja popularidade e seriedade tem vindo a aumentar cada vez mais: as campanhas Plus Size.

Vou falar-vos de uma campanha em especial: a Beach Body. Not Sorry. da Swimsuits For All.

Primeiro, porque acho que faz sentido debater esta campanha, visto que nos encontramos na época da praia, dos biquínis e das roupas mais reduzidas, onde muitas mulheres se sentem menos bem; e segundo, porque o slogan foi algo que me chamou a atenção pelo conteúdo em si!

A Swimsuits For All, uma loja que vende biquínis e fatos de banho plus size, luta contra o estereótipo de beleza imposto pela sociedade, que nos diz que mulheres que usam tamanhos grandes não ficam bonitas na praia! Felizmente, ideias como esta são cada vez menos comuns e, na minha opinião, campanhas como esta tiveram um importante papel na mudança das mentalidades.

Nesta campanha, segundo a marca, não há qualquer tipo de alteração de imagem, sendo que, assim, temos de nos deparar com a realidade de que nem todas as mulheres vestem o tamanho 32 - e não há mal nenhum nisso! O objetivo aqui é mostrar que as mulheres não precisam de ter vergonha do corpo que têm, por isso, para quem ainda não viu, deixo-vos o vídeo da campanha: